quinta-feira, 14 de abril de 2011

Imunidade humoral e anticorpos

Imunidade humoral é mediada por moléculas do sangue, chamadas anticorpos, que são produzidos pelos linfócitos B.
Os anticorpos são moléculas produzidas pelo desencadear do mecanismo de defesa imunitário específica, em resposta à presença de um dado antígeno.
Nos órgãos linfóides (baço e gânglios linfáticos) existem vários tipos diferentes de linfócitos B, cada qual reconhecendo um antígeno específico. Quando um tipo de linfócitos B é ativado pelo antígeno para o qual possui receptores, entra em processo de diferenciação, transformando-se em plasmócitos, células que irão originar células de memória (ativas em futuras reinfeções pelo mesmo agente) e em anticorpos, que se libertam nos fluidos circulantes (sangue e linfa), onde viajam até ao local da infecção.
Sendo assim,são glicoproteínas, formadas por quatro cadeias polipeptídicas interligadas entre si - duas cadeias pesadas (mais longas) e duas cadeias leves (mais curtas) -, dispondo-se espacialmente em "Y". A sequência de aminoácidos que formam a molécula apresenta uma larga zona comum, constante entre os vários tipos de anticorpos (são locais de interação com outros elementos do sistema imunitário), sendo que apenas a zona dos dois braços superiores do "Y" apresenta uma sequência química variável, única para cada anticorpo, já que é complementar de outra de um dado antígeno, conferindo assim especificidade ao anticorpo.
Há vários tipos de anticorpos: IgM é sempre o primeiro tipo a ser produzido; IgG é o principal grupo de anticorpos sangüíneos e há vários subtipos, aparece mais tarde que IgMs, e têm maior afinidade após hipermutação; os IgAs são anticorpos secretados para as mucosas, como intestino, genitais e bronquios; as IgE têm funções de luta contra parasitoses; os IgD estimula o sistema imunitário.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Relação entre antígeno e imunógeno




Os antígenos são substâncias que podem ser reconhecidas pelas células T, células B ou ambas através de receptores representados por anticorpo ou TCR (receptor de célula T) particular. Pode ser antígeno completo ou imunógeno, este sendo capaz de suscitar uma resposta imune e antígeno incompleto, incapaz de suscitar uma resposta imunológica. Para melhor esclarecer a diferença entre antígeno e imunógeno é necessário conhecer os mecanismos de iniciação da reação antígeno-anticorpo. O sistema imunológico tem como função básica a discriminação entre os antígenos próprios (self) e os antígenos não próprios (non-self). Isso deve ocorrer para que se evite um ataque pelo sistema imunológico dirigido a moléculas próprias ou úteis ao organismo. Somente após este reconhecimento é possível que a reação imunológica prossiga no sentido de destruir um antígeno potencialmente nocivo. Assim, o sistema imunológico reconhece os antígenos non-self, reagindo contra eles. Nesta situação, o antígeno pode ser denominado imunógeno,pois desencadeou uma imunogenicidade. Caso  seja reconhecido como self, não haverá resposta imune efetora, e diz-se que há tolerância imunológica., Existem fatores que  influenciam a imunigenicidade podendo ser:estranhesa,tamanho,composição química,forma física e degradabilidade.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Relação entre aglutinogênio e resposta imunológica





 Os grupos sanguíneos entre eles o sistema ABO e Rh,são definidos pela presença de aglutinogênios que são antígenos  presentes na membrana das hemácias. Quando um organismo entra em contato com um antígeno (aglutinogênio) desconhecido, desencadeia-se o desenvolvimento de células responsáveis pela produção de anticorpos específicos (aglutininas) contra estes antígenos estranhos. Dessa forma, um indivíduo do tipo A, produzirá anticorpos anti-B, assim como, um indivíduo B produzirá anti-A e um indivíduo O (que não apresenta nem A e nem B nas membranas), produzirá anticorpos  anti-A e anti-B. O indivíduo AB não produz estes anticorpos pois não reconhece estes fatores como estranhos. Para o fator Rh, será produzido o anticorpo anti-D apenas pelos indivíduos Rh- quando estimulados pelo contato com o antígeno. Após sua produção, os anticorpos reconhecem os antígenos específicos nas membranas das células estranhas, aderindo-se a eles e provocando a reação de aglutinação das hemácias e para que haja a produção de anticorpos, é necessário que o organismo entre em contato previamente com o antígeno.As transfusões de sangue são realizadas de modo que as hemácias transfundidas não sejam aglutinadas no organismo receptor e para isso não podem apresentar um antígeno que o organismo receptor reconheça como estranho, estimulando a produção de anticorpos. Por não apresentar antígenos em suas membranas para fatores ABO e Rh, o grupo O, com Rh-, é conhecido como doador universal.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Atuação do sistema imunológico no transplante




A transplantação é o processo pelo qual  há uma transferência de tecidos ou órgãos de um indivíduo doador para um receptor podendo resultar em uma rejeição aguda,pois o órgão transplantado  é considerado algo estranho culminando numa  resposta imunológica com isso,se faz necessário um contínuo tratamento a fim de minimizar essa rejeição.
. O sucesso de qualquer transplante está na capacidade de controlar a resposta imune, permitindo a adaptação do transplante e evitando a sua rejeição. Os principais genes responsáveis pelo reconhecimento de antígenos externos, o complexo de histocompatibilidade maior (MHC), estão localizados no braço curto do cromossoma 6. Nos seres humanos, estes genes codificam várias proteínas da superfície da membrana celular. Estes aloantigénios são conhecidos como antigénios de leucócitos humanos (HLA – Human leukocyte antigens) e o seu elevado polimorfismo permite ao sistema imunitário reconhecer antigénios self e non-self.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Órgãos linfóides secundários na resposta imunológica adaptativa.


  
    A resposta imunológica adquirida tem habilidade para enfrentar desafios, como por exemplo proteger nosso corpo contra microrganismos específicos. E para desempenhar de maneira eficaz essa ação ela depende de determinadas células, órgãos e mecanismos.
    Os linfócitos T e B são as principais células desse tipo de resposta, tendo origem na medula óssea e maturadas em locais específicos, no caso dos linfócitos T no timo e das células B na medula, após seu desenvolvimento elas migram através da circulação e do sistema linfático para os órgãos secundários ou periféricos, que são, linfonodos, baço e sistema imunológico de mucosas, lá são ativadas de acordo com a exposição ao antígeno, gerando então a resposta adaptativa ou específica como é conhecida.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Órgãos Linfóides: Primários e Secundários








Os Linfócitos são as únicas células do corpo capazes de reconhecer e diferenciar de modo específico os antígenos, são responsáveis por duas caracterícticas que definem as respostas imunológicas adquiridas, especificidade e memória. Essas células são produzidas, amadurecidas e ativadas em uma série de passos sequenciais e em órgãos específicos. Existem duas classificações para os órgãos linfóides: os chamados órgãos primários ou geradores (medula óssea e timo) e os órgão secundários ou periféricos (linfonodos, baço  e tecidos linfóides mucosos e cutâneos).
Nos órgãos geradores há a produção dos linfócitos provenientes de células tronco da medula óssea, ocorre a diferenciação dos linfócitos em T ou B e a maturação dos mesmos, sendo essas as funções dos órgãos linfóides primários, paralelo a esse processo os linfócitos virgens T ou B, migram para os órgãos linfóides periféricos através da circulação, onde são armazenados até serem ativados a partir da exposição a um determinado antígeno, resultando na resposta imunológica.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Opsonização: A cobertura que facilita a fagocitose.

 


        O nosso corpo tem um sistema especial para combater os diferentes microorganismos causadores de doenças, denominado sistema imunológico. A defesa inata é a proteção que ocorre com a destruição das bactérias e vírus por fagocitose, as células responsáveis por esse mecanismo são formadas  na medula óssea , sendo essas os glóbulos brancos ou leucócitos, em especial os neutrófilos e macrófagos. A opsonização é o processo que facilita a ação do sistema imunológico por fixar opsoninas, que são fragmentos de cofactores que revestem os microorganismos e aumentam a capacidade de englobamento por parte das células fagocíticas sendo essa a relação entre a opsonização e fagocitose. A figura acima representa uma analogia, onde  o bolo seria o non self, a cobertura seria as opsoninas e as jujubas os neutrófilos e macrófagos.

Ana Paula da S. Brito